sexta-feira, 4 de junho de 2010

Devaneio d’um Jovem São

Devaneio d’um Jovem São

Sujo e embaçado
desejo ordinário
É qu’esta alma viúva
se torna prostituta

Suntuoso calor
a brasa viva a água evapora
Transcendente vibração
multissecular
voz que perde seu tom

Naufrágio de toda
solferinizada
razão para existir

Um pote d’água
onde se afogam reverências
Fundo negro
Com lodo
não deixa escapatória

Em morte eu devo
ser bom
Maldito ego
para qual carrego
o compromisso herege.

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