Devaneio d’um Jovem São
Sujo e embaçado
desejo ordinário
É qu’esta alma viúva
se torna prostituta
Suntuoso calor
a brasa viva a água evapora
Transcendente vibração
multissecular
voz que perde seu tom
Naufrágio de toda
solferinizada
razão para existir
Um pote d’água
onde se afogam reverências
Fundo negro
Com lodo
não deixa escapatória
Em morte eu devo
ser bom
Maldito ego
para qual carrego
o compromisso herege.
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