sexta-feira, 4 de junho de 2010

Serenata P’ra Lua (a premissa dele)

Serenata P’ra Lua
( A Premissa Dele )


Eu caminho sob os feixes prateados que
A luz oferece em troca do respeito e do silêncio
― mas nada posso eu oferecer
senão minha alva declaração febril
que necessito mais dele que você, lua,
sua infértil insana
ladra dos brilhos naquele rosto
Condena-me à infinita insônia
para de mim roubá-lo,
sua sorridente insegurança
trapaceira e voraz inveja
Não é à toa que duras pouco, vadia
Raiva me ilude,
sei que você irá vê-lo mais que eu
nesta vida, pois eu sou odiado
e quando para ti ele olhar
não minta mais, lua
Diga-lhe que tateio a sua volta
para esta praça
onde ofereço nada mais
que a minha declaração febril
que o quero loucamente
na alvura dos anseios
na mais entorpecida vontade
que não há de ser saciada
até a dele chegada ser realizada.
Por favor, lua.

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