sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fugidio

Fugidio

Vejo uma pequena redoma
domada
líquido preso no seu formato
como eu no seu mundo

Alvura faz parte do
contexto para essa análise

Vejo escuridão dentro
rasgando
Frio caça a sua caça
e suas luvas não esquentam mais

Estaca presa
Na corpulência de minh’alma
Não sinto mais prazer
Sinto a corrente

que arrasta
ou eu – ou você
para a vasta
imensidão

da dúvida e do rancor
do silêncio – do terror

fuja, por favor
chances
você ainda as tem!

não prendo-te e não
hás de prender-me
Estou te atando
Como fogo destrói a folha seca
Uma vez trocamos de lugar

Insidiosos
seremos sempre
e eu ainda vejo uma redoma
que guarda:
dois.

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