sexta-feira, 4 de junho de 2010

Homogêneos

Homogêneos

Eu preciso de uma mente mais aberta
Você sempre diz que a minha vida está de ponta-cabeça
e eu não reclamo
Não somos homogêneos, somos?
Estou frustrado, estou cansado
e sem paciência para ouvir alguém
Você está ultrapassando meu limite,
a minha divisa de intimidade
Sua curiosidade é incompreensível
Eu não me adapto tão fácil,
gosto de não mudar e cuspir indiferença

Eu preciso de mais espaço
e menos propostas para topar
Eu não pulo dentro e caio morto
Gosto d’estar vivo e, às vezes, sangro
Você não curte isso?
Você se preocupa com sua rotina
com sua mãe – sua grana – seus débitos
Seu tempo é curto demais para ser vivido?
Não dá p’ra arcar com isso
Você, agora, vai dar p’ra trás?

Eu quero mais clareza
Um manual de instruções e de boas maneiras
cairia bem
Sim, eu não sei me portar à mesa
Não, eu sei bem minha auto-advertência

Estamos nós falando sobre a mesma coisa?
Você pergunta s’eu não calo a boca

Eu peço demais?
Só quero menos ambivalência e menos problemas
Ambigüidade me faz regredir
E você não me põe p’ra frente
Quero uma tempestade com calmaria após
Estou mais calmo ou menos sereno?
Se você não se importar
pare de tentar me analisar

Eu preciso de menos estresse
Você fecha a porta ao sair?

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